A
conjuntura económica e política do nosso país vem suscitando sentimentos de
impotência ante a adversidade. Com espectro do desemprego no horizonte, com a
educação acentuada do poder de compra, fomos perdendo, gradualmente, a audácia
e a capacidade de sonhar.
O
futuro incerto inibe a solidariedade e gera desalento e insegurança.
Neste
quadro recessivo e de baixo crescimento da economia nacional, com a
desorçamentação dos poderes autárquicos, é, de certa forma, utópico projectar o
rumo de uma Instituição que depende, em grande parte, de generosidade dos seus
associados e amigos.
Cientes
dos obstáculos mas convictos que é tempo de assumirmos dinâmicas próprias; de
mobilizar a audácia e a energia de que formos capazes, atrevemo-nos a idealizar
para 2008: uma Gala comemorativa de três décadas ao serviço da cultura; um
ambicioso concurso de presépios; as obras de conservação e manutenção do Museu
Etnográfico; a reestruturação e aperfeiçoamento dos trajes e da tocata; um Festival
de Folclore diferente; exposições, festas, publicações, não descurando, ainda o
respeito por compromissos assumidos.
A
letargia e o fatalismo que envolvem o país ameaçavam fazer-nos submergir no
marasmo generalizado. Pertencendo a uma geração que acredita e que se rege pelo
“querer é poder”, não nos rendemos facilmente. Como tal, os Corpos Sociais, ora
eleitos para o triénio 2008/2010, impotentes para alterar o panorama nacional,
dignificarão o estatuto de Instituição de Interesse Público que muito nos
honra, empenhando-se num projecto corajoso que não se esgota no presente Plano.
Fervilham ideias que são contidas, apenas, por motivos de ordem financeira.
Cobiçando
talentos de excelência, por que não geniais, perseguindo o prestígio e a
consideração, apostaremos em projectos exigentes e inovadores. Assim nós
tenhamos o alento da solidariedade e o esteio do dever político.
“O poder nasce do querer. Sempre que o homem aplicar a
veemência e preservar energia da sua
alma um fim, vencerá os obstáculos e, se
não atingir o alvo, fará, pelo menos, cosias admiráveis.”
“Dale Carnegie”